segunda-feira, 28 de abril de 2014

Convite à reflexão da Coach


Fato ou julgamento, como saber?

Nos meus encontros de coaching com meus coachees, um dos meus desafios é apoiá-los na identificação de fato ou julgamento num processo de comunicação. Essa é uma diferença essencial para que cada um possa perceber o quanto uma conversa pode ser produtiva ou improdutiva.

Para abordar esse conteúdo faz-se necessário iniciar com a diferença entre fatos ou observações e opiniões ou julgamentos.

Muitas dificuldades de relacionamento encontram-se pela confusão desses conceitos.

Grande parte das decisões na gestão das equipes e no relacionamento com superiores e colegas é baseada em opiniões e julgamentos. Seja um comentário negativo a respeito de alguém ou até mesmo a decisão de promoção e/ou na definição de um desligamento.

As observações podem ser falsas ou verdadeiras e os julgamentos podem ter ou não ter fundamento. Abaixo, seguem exemplos que facilitam esse entendimento:

Quando alguém diz: "Antônio eh preguiçoso" - está emitindo uma opinião baseada no seu julgamento.

Quando alguém diz: "Antônio nasceu no dia 12/08/69, é possível sustentar seu comentário em um dado que pode ser confirmado na certidão de nascimento.”

Para avaliar se um julgamento/opinião eh produtivo, eh importante reconhecer pelo menos cinco aspectos:

1. Admitir - que aquilo que expresso é uma opinião, e por isso, não é a única. Cada participante em uma conversa tem a sua verdade sobre o conteúdo compartilhado.

2. Fundamento - quais são os fundamentos/dados pelos quais estou validando o meu comentário?

3. Padrão: existe alguma medida em que eu posso utilizar para medir o que estou falando?

4. Processo de razão: como chego a essa conclusão a partir dos dados que obtive?

5. Objetivos: para que/com que finalidade eu estou fazendo esse comentário?

Uma maneira de internalizar esses elementos é pensando no presente, passado e futuro, como segue o exemplo:

Minha opinião é (presente) qual é o meu julgamento?

Meu julgamento esta fundamentado em (passado) por que estou dizendo isso?

Qual o objetivo que me move (futuro) a expressá-lo?

Não da para mudar o lugar onde nasci, mas da mudar a interpretação que tenho a respeito.

Escutar é o que dá sentido ao falar. Pois escutar é igual a ouvir (função fisiológica) + interpretar (a partir do meu autoconhecimento, experiências de vida, conhecimentos e julgamentos).

As perguntas de coaching que me faço e compartilho, são:

Como eu escuto o outro?
Escuto para validar aquilo que eu penso?
Escuto para ampliar ou restringir possibilidades?

“Não existe a verdade. Existe apenas a interpretação." F. Nietszche

Se você gostou desse texto, compartilhe com os amigos. Um grande abraço, Kátia Magni

Referência Bibliográfica:
WOLK, Leonardo. Coaching: a arte de sobrar brasas. Rio de Janeiro: Qualitymark Editora, 2013.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua opinião é muito importante para nós. Deixe o seu comentário.