Em
artigo, especialista aponta cenários e práticas diferentes para motivar os
profissionais no dia a dia
É
notório que quando o assunto é motivar equipes, existe uma infinidade de
práticas já reconhecidas no mercado, como realizar feedback, oferecer benefícios,
entre outras. Todavia, quando falamos sobre uma equipe, precisamos entender que
estão envolvidos diferentes modelos mentais, compostos por valores e
experiências de cada integrante.
Buscando
entender o contexto da minha equipe e as suas possíveis jornadas durante o dia
a dia, fiz a leitura do livro "Por que fazemos o que fazemos?", do
filósofo Mario Sérgio Cortella, a qual foi possível gerar alguns insights em
relação a possíveis cenários percorridos durante a trajetória profissional. Sem
mais delongas, vamos às dicas.
1
- Propósito
O conceito de
alienação se refere a tudo aquilo que eu produzo, mas não compreendo a razão. O
propósito funciona como o antídoto para a alienação. No papel de líder, o nosso
desejo é uma equipe de "cabeças pensantes", com um propósito bem
definido, seja ele com o objetivo de marcar a nossa presença no mundo ou
simplesmente por mera obtenção da sobrevivência.
2 - Rotina ≠ Monotonia
Rotina não é
sinônimo de monotonia. A verdadeira causa raiz de um enfado em relação ao
cotidiano profissional é a monotonia, não a rotina. Parece estranho, mas a
rotina traz como benefício a organização de nossas atividades, a utilização
inteligente do tempo, o que garante maior eficiência e segurança no que se faz.
A monotonia é a morte da motivação. O papel aqui é garantir que a
repetibilidade da execução de procedimentos diários não se torne automatismo,
percebendo valor na sequência correta de cada execução.
3
– Autoria da obra
A percepção
autoral é necessária para que a pessoa se construa como indivíduo que não é
descartável, e sim que colabora para o todo. Por isso, recomendo que o próprio
indivíduo faça a apresentação dos resultados do seu esforço. No cenário de uma
Software House, por exemplo, ao término de um ciclo de desenvolvimento, cada integrante
da equipe apresenta a funcionalidade em que mais se engajou.
4 – Trabalho com significação
A busca pela
significação passa pela procura de outros argumentos para o trabalho, além da
necessidade de sobrevivência. Um exemplo que Cortella apresenta no livro é a
abordagem de empresas com alto turnover para com seus funcionários.
Em empresas
de Call Center, não faz sentido fazer propaganda de que "você está em um
ótimo lugar", "vai crescer na empresa", pois a pessoa sabe que
não é verdade. É muito mais saudável para a relação deixar claro que por mais
que seja passageiro, não impede que ela perceba o quanto essa experiência pode
contribuir para sua formação, seja lidando com situações de conflito,
trabalhando seu lado multitarefas, entre outros.
5
– Tempo, tempo, tempo
Como o
trabalho ocupa uma parte significativa do nosso tempo, ele acaba se
relacionando com outras dimensões da vida. Diversas vezes, temos a sensação de
valorizarmos sempre o que não estamos fazendo. Por isso, é necessário
desenvolver um senso de prioridade e ela requer exclusividade. Tudo está
relacionado à que metas traçamos e priorizamos, e nesse momento, a noção de
propósito é fortíssima.
A principal
lição para esse tópico é que: não adianta ficarmos pensando "poxa, se eu
não estivesse aqui trabalhando, eu poderia estar com a minha família", e
sim reforçar que você está trabalhando para que possa proporcionar as melhores
experiências à sua família, ou simplesmente porque você ama o que faz.
Fonte: Ruan Carlos Torres
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