O
aspecto competitivo do mercado de trabalho não se restringe apenas aos processos
seletivos, visto que os colaboradores de uma mesma empresa tendem a competir
por um maior destaque ao almejar o seu crescimento. A cooperação e o
engajamento aparecem como pontos chave para desenvolver não só a equipe, mas a
empresa como um todo. Uma pesquisa realizada pelo ADP Research Institute relata
que se os colaboradores se sentem pertencentes à equipe, se tornam duas vezes
mais engajados no trabalho.
Outra pesquisa,
realizada pela Harvard Business Review, chegou a conclusão que, entre as 41 equipes
de nove indústrias abordadas, se enquadram em um falso engajamento. Sob o olhar
da gestão, os colaboradores se veem satisfeitos com os empregos, comprometidos
com as empresas a ponto de indicá-las para outras pessoas. Entretanto, ao olhar
um pouco mais de perto, há sinais de um não engajamento, como a falta de
paciência e comunicação com colegas e desonestidade com os gestores.
Nesse cenário, é
importante se ater a alguns sinais de um não desengajamento, como a dificuldade
ou falta de trabalho em equipe. Cabe aos gestores criar estratégias para
alavancar o
sucesso da equipe, nomeando explicitamente os deveres da equipe das descrições de
cargos individuais. Além disso, é importante valorizar e
elogiar os momentos em que a cooperação aconteceu, seja através de atos
pequenos ou grandes, para, assim, mostrar que se trabalham em equipe, a
qualidade da entrega tende a ser bem maior. Reuniões de feedback entre
gestores e equipe e até mesmo envolvendo a gerência
também são ferramentas fundamentais para a alimentação do trabalho em equipe.
Ademais, quando a
empresa foca apenas no desempenho individual, os membros da equipe tendem a
buscar outras maneiras de ganhos pessoais às custas da produtividade total da
equipe. Eles podem gastar mais tempo em uma determinada tarefa ao invés de
assumir mais demandas, escolher apenas as tarefas que tenham mais afinidade ou
se convidar para conversas e reuniões com a gerência para se tornarem mais
vistos e apresentarem as suas entregas como diferencial, desmerecendo a
participação de outras pessoas no processo.
Eles podem aumentar sua
carga de trabalho para preencher o tempo, em vez de assumir mais tarefas;
escolha as tarefas que desempenham com base no que elas gostam de fazer; ou, se
insinuam em conversas ou reuniões com a gerência para sua própria vantagem.
Esse comportamento é notável e não demora muito para os novos recrutas perderem
o entusiasmo pela colaboração quando percebem que o sistema recompensa o
egoísmo. Assim, se a empresa retribui esse tipo de comportamento, a motivação
do restante da equipe tende a diminuir cada vez mais. Os gestores devem
trabalhar com sua equipe para desenvolverem em conjunto a ideia de que
compartilhar valores e propósitos é algo positivo.
É igualmente comum
perceber que alguns membros dessas equipes falsamente engajadas se preocupam
mais com as impressões de outros sobre o seu desempenho individual do que a
realidade do trabalho em grupo e muitos gestores involuntariamente alimentam
esse tipo de comportamento ao incentivarem sua equipe a agradar mais a gerência
sênior do que estarem disponíveis para os outros membros da própria equipe.
Logo, a probabilidade dessas equipes espalharem esse comportamento é alta, se
voltando para uma autoadministração em detrimento de um desenvolvimento em
equipe.
Quando um gestor pensa
no desenvolvimento da sua equipe, ele se preocupa em passar tempo com ela, para
que todos possam entender o que está acontecendo na linha de frente. Eles
devem, também, incentivar os colaboradores a pensar em maneiras de
desenvolverem a equipe – através de ideias de inovação de fluxos e processos
internos, por exemplo – ao invés de se voltarem apenas para o crescimento
individual. A introdução de atividades sociais que promovam os laços sociais e
senso de responsabilidade compartilhado é uma alternativa para aumentar o
engajamento de uma equipe.
É de extrema importância
que as equipes de uma empresa estejam motivadas a exercerem suas funções e o
trabalho em equipe se torna fundamental para o desenvolvimento da empresa como
um todo e, consequentemente, satisfação do cliente. Os gestores precisam voltar
a atenção para suas equipes afim de entender o que acontece de fato e quando
demonstram aos membros que valorizam a colaboração, alimentam a ideia de que o
fato de as tarefas dependerem do trabalho de outras pessoas pode ser algo
positivo.
Fonte: RH/Liderança
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