Pra mim, nossa maior dificuldade nos relacionamentos interpessoais está em lidar com nossos próprios julgamentos.
O filósofo Clovis de Barros Filho, escreveu em seu último livro: Somos todos canalhas, que Platão recomenda certa desconfiança daquilo que você vê com os olhos. Se você acha que aquilo que vê é o que as coisas são, pode estar enganado. Basta mudar de posição em relação a coisa observada.
''Algo que é não muda, tudo apenas está'', afirma Clovis.
Ao fazermos um julgamento sobre o outro, atribuímos um valor do ''ser e não do estar'' dele. Uma declaração a respeito do “ser”' do outro referir-se-a a sua essência e não a um estado temporário, passível de mudança.
Penso que antes de julgarmos os outros, precisamos responder as perguntas abaixo:
1. Eu Tenho o máximo de informações possíveis sobre o fato?
2. Eu já confrontei minhas verdades em relação a esse assunto ou a pessoa?
3. O que a imagem do outro revela sobre mim?
4. Por que me incomodo com o que o outro fala e/ou faz?
5. Será que o outro tem algo que eu também tenho e não gosto? Ou será que o outro tem o que eu quero ter?
6. Meu julgamento tem fundamento?
Aquietar o julgamento é fundamental na construção e manutenção de um relacionamento saudável. Como fazer?
Podemos lembrar sempre da frase do filósofo Sócrates: só sei que nada sei!
Então, pra que julgar?
Um abraço,
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