terça-feira, 8 de setembro de 2020

Felicidade foi-se embora?



Santo Tomás de Aquino ressaltou que toda pessoa, em tudo o que faz, busca a própria felicidade. 
Há que se distinguir felicidade, alegria e prazer.
Prazer é agradar os cinco sentidos: degustar um bom vinho, contemplar uma pintura, ouvir uma boa música etc. Os prazeres são momentâneos. Não duram. E quem os confunde com felicidade fica sempre em busca de novas sensações no intuito de se sentir feliz. 
Alegria também é momentânea. Sentimos alegria ao rever a pessoa amada, ao receber uma homenagem, ao assistir a um bom filme, ao comemorar a vitória do time de nossa preferência, ao celebrar uma data importante com a família e os amigos; ou ao vencer um desafio profissional.
No entanto, ninguém sente prazer ou alegria acometido por uma doença, diante de uma catástrofe natural ou sofrendo perseguição. Porém, ainda assim pode sentir-se feliz. Eis a diferença. Mesmo sob a dor e o sofrimento uma pessoa pode ser feliz, desde que saiba integrar as adversidades no sentido que imprimiu a sua existência.
Cinco fatores dificultam, hoje, a nossa felicidade:
1) A indiferença entre à desigualdade social e o individualismo exacerbado; 
2) A acelerada mercantilização da vida individual e social: a felicidade é identificada com a satisfação do maior número de necessidades reais e supérfluas; 
3) A prática de preconceitos e a ascensão dos fundamentalismos; 
4) O sequestro da democracia pelas elites financeiras, que transformam a política  na simples administração do “roubo” e da corrupção legais; 
5) A dedicação obsessiva ao trabalho, que induz a sacrificar certos prazeres e alegrias, confortos e tranquilidades, a fim de satisfazer a paixão pelo poder, pelo sucesso e/ou pelo lucro. 
Aprecie essa obra que traz tanto conteúdo para o nosso autoconhecimento e reflexão sobre felicidade. Eu amei. Um bj no coração.

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