Um menino do interior, criado na
roça, trabalhando desde pequeno nos afazeres do plantio e da colheita. Seu
mundo estava ligado à natureza colorida das plantas, flores e frutos de todos
os tamanhos e cores.
Qual a expectativa de crescimento
para esse jovem adolescente? Estudar, crescer e multiplicar a produção e o
faturamento. Esse desejo o transformou em vendedor e o passo seguinte foi
almejar uma vaga em uma grande empresa para obter mais possibilidades até então
inimagináveis.
A cada ano, novos conhecimentos
adquiridos através da faculdade de Administração de Empresas. Ao mesmo tempo,
um conteúdo tão genérico que nem sequer seria possível decidir qual a melhor
escolha para o seu futuro. Aqui, um encontro com a música de Zeca Pagodinho:
“Deixa a minha me levar, vida leva eu + Deixa a vida me levar, vida leva eu”.
No trabalho, bastava atingir as metas e tudo se mantinha igual. Aí, esse adulto
conheceu a mulher da sua vida, casou, teve filhos e a carreira ficou de lado.
Foram tantas demandas no papel de
pai: trocar fraldas, ninar, dar mamá, ensinar a falar, andar, conversar,
respeitar as pessoas, ajudar nos temas de casa, brincar, acompanhar o dia a
dia... E a carreira ficou de lado.
Um belo dia, na empresa em que
trabalhava por anos, surgiu uma vaga para ser Diretor de Vendas. Uma empresa
complexa e altamente especializada em seu produto, sem concorrência, portanto
sem candidatos concorrentes. Seu chefe olhou para ele e pensou: poderia ser
você, mas, paraste no tempo, não tem uma pós-graduação, não sabe fazer uma
apresentação, não conhece bem excel, não sabe conduzir uma equipe, não tem
inglês. Por outro lado, é um profissional de confiança, mais de 20 anos de
casa, leal, tem domínio do produto, ótimo relacionamento. O que eu faço com
você que ficou tanto tempo parado vendo a sua vida passar ou melhor a sua
carreira aposentar-se quando deveria decolar?
Eu criei essa história, mas há muitos
profissionais brilhantes, competentes e dedicados que pararam de investir em
seu autocuidado. O que significa isso? Que esse profissional parou de olhar
para si, de se conhecer e acompanhar as mudanças acontecendo ao seu lado. Se a
cada ano, 51% das novas empresas quebram por falta de propósito, paixão,
persistência, planejamento e perspectiva de futuro, o que falar sobre os
trabalhadores que também cometem as mesmas falhas.
Você pode estar se perguntando se
esse profissional foi feliz com essa escolha de vida. Eu posso assegurar que
sim. Buda traz a contribuição do despertar de consciência como uma forma de
enxergar novas possibilidades que antes estavam fora do seu espaço de visão.
O que é comum?
Geralmente, quando as grandes
oportunidades encontram esses profissionais é comum eles se perguntarem: por
que não dei continuidade aos meus estudos? Por que nunca investi no meu
autoconhecimento? Por que não estudei inglês? Por que não consigo controlar as
minhas emoções? Por que não busquei a ajuda necessária para resolver, ampliar e
enxergar os pontos cegos da minha carreira?
Minha dica: Faça um movimento, hoje. E não se arrependerá, amanhã.
Um beijo no seu coração,
Kátia Magni
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para nós. Deixe o seu comentário.