sábado, 21 de setembro de 2019

Um encontro entre um self e a sua carreira.



Um menino do interior, criado na roça, trabalhando desde pequeno nos afazeres do plantio e da colheita. Seu mundo estava ligado à natureza colorida das plantas, flores e frutos de todos os tamanhos e cores.

Qual a expectativa de crescimento para esse jovem adolescente? Estudar, crescer e multiplicar a produção e o faturamento. Esse desejo o transformou em vendedor e o passo seguinte foi almejar uma vaga em uma grande empresa para obter mais possibilidades até então inimagináveis.

A cada ano, novos conhecimentos adquiridos através da faculdade de Administração de Empresas. Ao mesmo tempo, um conteúdo tão genérico que nem sequer seria possível decidir qual a melhor escolha para o seu futuro. Aqui, um encontro com a música de Zeca Pagodinho: “Deixa a minha me levar, vida leva eu + Deixa a vida me levar, vida leva eu”. No trabalho, bastava atingir as metas e tudo se mantinha igual. Aí, esse adulto conheceu a mulher da sua vida, casou, teve filhos e a carreira ficou de lado.

Foram tantas demandas no papel de pai: trocar fraldas, ninar, dar mamá, ensinar a falar, andar, conversar, respeitar as pessoas, ajudar nos temas de casa, brincar, acompanhar o dia a dia... E a carreira ficou de lado.

Um belo dia, na empresa em que trabalhava por anos, surgiu uma vaga para ser Diretor de Vendas. Uma empresa complexa e altamente especializada em seu produto, sem concorrência, portanto sem candidatos concorrentes. Seu chefe olhou para ele e pensou: poderia ser você, mas, paraste no tempo, não tem uma pós-graduação, não sabe fazer uma apresentação, não conhece bem excel, não sabe conduzir uma equipe, não tem inglês. Por outro lado, é um profissional de confiança, mais de 20 anos de casa, leal, tem domínio do produto, ótimo relacionamento. O que eu faço com você que ficou tanto tempo parado vendo a sua vida passar ou melhor a sua carreira aposentar-se quando deveria decolar?

Eu criei essa história, mas há muitos profissionais brilhantes, competentes e dedicados que pararam de investir em seu autocuidado. O que significa isso? Que esse profissional parou de olhar para si, de se conhecer e acompanhar as mudanças acontecendo ao seu lado. Se a cada ano, 51% das novas empresas quebram por falta de propósito, paixão, persistência, planejamento e perspectiva de futuro, o que falar sobre os trabalhadores que também cometem as mesmas falhas.

Você pode estar se perguntando se esse profissional foi feliz com essa escolha de vida. Eu posso assegurar que sim. Buda traz a contribuição do despertar de consciência como uma forma de enxergar novas possibilidades que antes estavam fora do seu espaço de visão.

O que é comum?

Geralmente, quando as grandes oportunidades encontram esses profissionais é comum eles se perguntarem: por que não dei continuidade aos meus estudos? Por que nunca investi no meu autoconhecimento? Por que não estudei inglês? Por que não consigo controlar as minhas emoções? Por que não busquei a ajuda necessária para resolver, ampliar e enxergar os pontos cegos da minha carreira?

Minha dica: Faça um movimento, hoje. E não se arrependerá, amanhã.


Um beijo no seu coração,
Kátia Magni

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