sábado, 28 de setembro de 2019

Um encontro com as minhas escolhas.



Passaram-se 17 anos. Estamos juntos. Foi meu primeiro namorado. Éramos crianças. Nós casamos, tivemos filhos e fizemos escolhas profissionais diferentes. Eu advogada, com o meu escritório e ele um executivo de uma pequena empresa. Ambos, com estabilidade nos seus trabalhos.

Eu estava em um happy hour com as amigas e só elogiavam seus maridos. Naquele momento, a minha reflexão foi: Por que eu não consigo fazer o mesmo?
Tenho um trabalho pelo qual me motivo todos os dias, com um casal de gêmeos de 1 ano e 5 meses que são meus tesouros. Sou autônoma, consigo levá-los para a creche, fico com eles quando estão doentes, participo das reuniões que os envolve, levo-os ao pediatra. Me parece que tenho tudo que preciso. Por que essa estranha sensação de raiva do mundo e de estar sempre preparada para o ataque verbal?

Uma lembrança não sai da minha cabeça. Quando a gente namorava, íamos no restaurante uma vez por semana, passeávamos todos os finais, cantávamos e dançávamos. Agora, somos nós e as fraldas, os carrinhos, as mamadeiras, as chupetas e muitas roupas e brinquedos. E brigas e discussões sobre quem faz ou fez, quem descansou ou não, quem vai ou fica... Tudo isso me irrita de tal forma que ao chegar no trabalho só tenho vontade de gritar. E pior, eu grito, mas com os meus funcionários.

Pelo menos, eu vou ao happy hour, uma vez por mês. E lá, um belo dia, ouvi que uma das minhas amigas estava fazendo coaching. Fiquei curiosa e perguntei o que era. Hum, um processo com início, meio e fim, com o propósito de melhorar a tua qualidade de vida. Era isso que eu precisava: qualidade de vida. Vou lá.

Cheguei lá, ansiosa, queria logo o elixir de qualidade de vida para resolver de uma vez por todas as minhas angústias e raivas.

Opa! Terminou, mas eu nem disse tudo que penso. E a receita? O que vou tomar agora que estou percebendo que tem tantas demandas em minha vida pessoal a serem resolvidas?

Tudo bem, entendi. É um processo, vou ter que ter paciência e voltar para o próximo encontro. Ah, tá! Então, até a semana que vem.

Ao criar essa história, eu quis retratar o que, muitas vezes, pensamos: que conseguimos separar a vida pessoal, da profissional. É uma ilusão! É claro! Ambas andam juntas e precisamos estar harmonicamente resolvidos para obtermos a bela sensação de bem-estar e felicidade. Então:

Minha dica: Faça um movimento, hoje. E não se arrependerá, amanhã. Beijo no coração.


Um beijo no seu coração,
Kátia Magni

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