quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Um encontro com a minha autoimagem.



De repente, me vi, no escritório. Um ambiente colorido, 100 funcionários, uma família com três filhos, um casamento de 20 anos. Ela executiva de RH e Eu empresário.
Todos os dias a mesma rotina: chegar, olhar os e-mails, responder aos clientes, conversar com a equipe, levar os filhos para a escola, marcar reuniões com fornecedores, criar um design gráfico para os novos livros da Editora.

E aí, é só isso?
Quem sou Eu? O que me faz feliz? NADA!

Faz 3 anos que disfarço bem a minha infelicidade. Só que esse ano está estranho, pois estou chegando ao final do dia muito cansado e suspeito que é de tanto tentar fingir que tudo está bem.
Tenho trabalho, clientes, uma boa remuneração, uma casa na praia e outra na serra, viajo todos os anos para o exterior, uso roupas caras, faço academia, como bem. O que me falta? Por que estou tão desmotivado? Será que estou com depressão? Não quero ir em um Psiquiatra, tenho vergonha de dizer que acho que estou ficando louco.

De qualquer forma, deixa eu conversar com alguns executivos e perguntar a eles como é que renovam suas energias. Talvez essa questão não revele como eu estou. E, como as pessoas gostam de falar de si, acredito que nem perceberão que farei essa pergunta em benefício próprio. Ah! Fui esperto, agora. Tive uma grande ideia.

Opa! Mais de um me disse que faz coaching. O que seria isso? Me disseram que estão tomando decisões importantes em suas vidas. Mudando de carreira, segmento, clientes, e até prazeres. Vou pedir a indicação deles. E vou lá ver o que é isso.
Cheguei lá, numa sala estranha. Flores, frases na parede, livros. Achei que encontraria Buda, incenso, cartas. Só que não!

Entrei na sala da Coach, mais estranhezas:  tapete, almofadas coloridas e diferentes, mais frases. Ah! Três Budas estranhos. Eu sabia! É uma cartomante. Só que não!
Ela começou dizendo que ali era um espaço seguro para falarmos os assuntos que eu quisesse e que havia sigilo e confidencialidade nos temas abordados. Que faria perguntas que pudessem me levar a pensar sobre o meu fazer. Dessa forma, ampliaria a minha consciência sobre a minha história, conquistas, desejos, medos e objetivos. Hum! E, cadê as cartas de tarô?

O tempo foi passando, e a cada sessão de coaching, eu me conhecia mais. E me empolgava com os milhares de insights sobre a minha carreira, meu futuro, e o que verdadeiramente poderia me fazer feliz.

Gostei de quem me tornei. No final, percebi em mim, uma autoestima e uma determinação para fazer o novo e para me reinventar, sem precisar abandonar quem eu era e nem a minha atividade profissional. Encontrei um jeito de ser feliz me reinventando! Sofri, me emocionei, aprendi, me encorajei e agora, orgulhoso pelo ser que me tornei. Gratidão!

Minha dica: Faça um movimento, hoje. E não se arrependerá, amanhã. Beijo no coração.

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