terça-feira, 11 de agosto de 2015

Dia do Advogado

A profissão de advogado é uma das mais antigas e tem ao longo da história sendo acrescido, de maneira informal, alguns atributos da contemporaneidade. Em um contexto mais recente menciona-se além do conhecimento de informática, idiomas, habilidades negociais e de gestão, dentre outras. Mas o que causa mais estranheza que muito pouco se divulga ou mesmo reforça-se, ademais, considerando que estamos presenciando uma das maiores crises éticas no país, a essência de ser advogado. 

Ser advogado é mais do que ter conhecimento técnico jurídico, aprimorar-se em conhecimentos gerais, interligar os aspectos inexoráveis dos diversos conhecimentos, habilidades e competências. É mais do que corresponder a percepção deturpada de um modelo capitalista, cruel, contraditório e superficial de sua figura.  Ser advogado requer um profundo sentimento de justiça e retidão, não só diante da lei e dos princípios que a informam, mas sobretudo, nas relações sociais, na vida. 

O advogado deve primar por sua independência e liberdade de pensar e de agir, e, diante do seu conhecimento ser capaz de pronunciar sua posição de maneira firme, autônoma e consubstanciada, demonstrando os riscos e benefícios de cada caminho e a decisão a ser tomada.  O profissional ao atuar desta maneira gera confiança e respeito de seu cliente.

Mas o que efetivamente o representa e distingui dos demais profissionais é sua efetividade na construção de uma Justiça Social, que não é apenas ser defensor de um Estado Democrático de Direito e da justiça e paz social, mas perseguir atributos intelectuais, manter a probidade pessoal, agir com dignidade, boa-fé, lealdade, moral e ética. 

A sociedade não precisa de heróis ela precisa de cidadãos em sua plenitude, honestos que saibam que só se constrói uma nação com respeito às leis, princípios e valores, e nos advogados podemos convocar a todos para sermos agentes desta mudança, na suplica de um momento que quer saquear o futuro de nossos descendentes, deliberando por desprezar a dignidade da pessoa humana. Não é hora de perguntarmos o que irá acontecer, mas o que podemos fazer e realizar para materializar o bem comum as futuras gerações.

Lia Leda

Advogada e Gerente Jurídica do Hospital Moinhos de Vento 

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