quinta-feira, 22 de março de 2018

Educação emocional: o conhecimento que vem de dentro.


Para construirmos a maioria dos nossos saberes, buscamos conhecimentos que estão fora de nós. Sentamos na cadeira de alunos com a comodidade e dependência de quem espera receber as informações prontas e exatas. A inteligência acadêmica é o que define socialmente nosso grau de conhecimento. Investimos horas para aprender sobre números, história, negócios e outros assuntos que são muito valorizados na competitiva sobrevivência corporativa.
Reconhecemos e admiramos quem possui muitas formações, pós-graduações, cursos fora do país e tem um LinkedIn de dar inveja. Porém, pense na sua necessidade de desenvolvimento atual, você precisa aprender mais sobre como fazer tecnicamente o seu trabalho ou ter mais confiança para defender as suas ideias nas reuniões sem se sentir paralisado com as críticas?
Alcançar todas essas conquistas acadêmicas devem sim ser motivo de orgulho e realização. Porém, ter consciência acerca de quem somos, do que sentimos e porque sentimos pode ser fator fundamental para viver bem consigo mesmo e com os diversos grupos que participamos durante a vida.
A educação emocional é um conhecimento que não está nos manuais. Para ter acesso a ele, é preciso olhar para si. Ser emocionalmente inteligente significa conhecer as próprias emoções e sua intensidade e além disso, conhecer o gatilho de cada uma delas.
Esse conhecimento sobre si, auxilia a lidar com as emoções por estarmos familiarizados com elas, a saber como e onde expressá-las e qual o impacto na vida das pessoas com quem nos relacionamos.
Pense no seu dia a dia, você consegue diferenciar quando está com medo ou raiva? Sabe o que desencadeia essas emoções? Nos relacionamentos em geral, consegue identificar as emoções dos outros? Consegue expressar as suas emoções de maneira equilibrada? Sabe reconhecer seus erros e pedir desculpas?
Aprender a desfrutar das próprias emoções, é poder desfrutar de quem se é, tendo consciência de que tudo começa e termina em nós. É confiar em si, sabendo que as emoções podem até chegar de maneira intensa, mas somente você irá decidir quando, como e com qual intensidade elas se expressarão.

Aline K. Cabral é Consultora de Desenvolvimento Humano e Organizacional, proprietária da Mandala Pessoas e Organizações.

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